União Gaúcha mantém preocupação com gestão do IPE Saúde

Apesar do anúncio que o Conselho de Administração do IPE Saúde será constituído até 9 de outubro, o colegiado da União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública segue preocupado com a gestão e destino do instituto. Na reunião ordinária desta segunda-feira (28/9), os dirigentes apontaram seus questionamentos referente ao encontro com o presidente da autarquia, Marcus Vinicius Vieira de Almeida, na última semana. Segundo o vice-presidente da Associação dos Servidores da Justiça (ASJ), Luís Fernando Alves da Silva, o gestor do IPE Saúde teve como propósito neutralizar o debate com as entidades, o que provocou inquietação nos conselheiros. “O meu temor enquanto defensor da saúde do servidor é estarmos caminhando para a privatização do IPE Saúde”, ponderou. 

O Conselho de Administração foi criado após a reestruturação do Instituto de Previdência do Estado (IPERGS) em 2018, mas desde então segue esperando a nomeação do governo estadual. As cadeiras serão ocupadas por entidades que representam os servidores públicos e por indicações do Estado. Os nomes definidos pela União Gaúcha são Kátia Terraciano Moraes (Sinapers) e Ives Leite Lucas (Fasp). “Só podemos contar com a nomeação do conselho, pois não tenho nenhuma ilusão com a atual situação do instituto. A expectativa é que, sentando na cadeira do conselho, a gente possa contribuir para a construção de um projeto do IPE que nós vamos validar”, afirmou Kátia.

Para o secretário-geral da União Gaúcha, Felipe Leiria, a ideia do IPE Saúde mercantilizado já é uma realidade. “Precisamos começar a denunciar aonde vai parar esse projeto que está no instituto”, destacou. O colegiado da entidade definiu que, nas próximas semanas, o Grupo de Trabalho dedicado à saúde irá propor discussões para auxiliar na busca de argumentos que sustentem o perfil público e social da autarquia.

Informações Adicionais