Falta de nomeação prejudica representatividade classista no conselho do IPE

Passados 13 meses desde a separação do IPERGS - Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul, em duas autarquias: IPE-Prev e IPE-Saúde, ainda não foi nomeado um Conselho de Administração, conforme imposto nas atuais legislações. Segundo o presidente interino do Conselho de Administração e vice-presidente da Associação dos Servidores da Justiça (ASJ), Luís Fernando Alves da Silva, a falta de iniciativa do governo em instalar os devidos conselhos e diretorias prejudica a busca por melhorias no sistema do instituto. “Os nomes indicados pelas entidades dos servidores para assumir os conselhos já estão na Casa Civil. Precisamos que o governo nomeie imediatamente as diretorias, de forma que as representações tenham as diretrizes necessárias para resolver as questões estruturais da autarquia”, ressalta.

Atualmente, o IPE-Saúde atende mais de um milhão de beneficiários, que somam cerca de três milhões de consultas ao ano. Alves explica que, em 2011, o Conselho Deliberativo do instituto, baixou uma resolução condicionando a entrada de novos municípios no IPE-Saúde à avaliação atuarial. “Tínhamos desde aquela época, demandas dos municipários de Porto Alegre e Santa Maria, por exemplo, mas não possuíamos a estrutura necessária para atender de forma adequada os usuários”, disse. 

A audiência pública que debateu as precariedades da autarquia foi realizada nesta segunda-feira (13/05), na Assembleia Legislativa, e comandada pelo presidente da Comissão de Segurança e Serviço Público, deputado Jeferson Fernandes. Nesta terça-feira (14/05), deputados devem se reunir com o Chefe da Casa Civil, Otomar Vivian. Entre os temas debatidos foram destaques a falta de médicos, a demora nas filas, a venda de patrimônios e a escassez de serviço no interior.

 

Crédito: Letícia Breda

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